ALVORADA CHUVOSA
Data 25/11/2018 10:14:32 | Tópico: Sonetos
| Fulge em nebuloso dia, o cerrado. O céu delira As nuvens rugem, chora chuva rojando ao chão Há torrentes de pujança, suprema é a renovação De gota em gota, banham as folhas da sucupira
Bulcões pintam a paisagem na sua vastidão O sol miúdo no horizonte quer arder em pira O bem ti vi na carnaúba saúda com a sua lira A alvorada, raiando a vida em doce gratidão
E o vento emborcando os galhos da paineira Rolam no ar, andorinhas, gritam as maritacas Clangorrando... - e avigora o sertão molhado
Novembro, é o mês das chuvaradas primeira No tropel alinhado das barulhentas curicacas Em cinza, em glória, o céu chuvoso no cerrado...
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Novembro de 2018 Cerrado goiano Olavobilaquiando
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