O mar... ah o mar... mesmo após a tormenta ainda se agita. Em mim... não há só essa água que corre tranquila, Nem é... só essa brisa que calma sibila. A boca que cala é a mesma que grita. A boca que cala é a mesma que grita.
Se fui tanto esse rio que deságua sereno, Também... [fui a língua na boca] da fala aflita, Que fere... e inocula o exato veneno. A dor lancinante, a palavra maldita. A dor lancinante, a palavra maldita.
Que saldo tens de mim tu que me sabes? Em ti, sou mais que a dor que te magoa? Sou mais que o vento que essa água agita? Sou mais que o vento que essa água agita?
Porque...
Ninguém é só flores; ninguém é só males; Ninguém só certeza; ninguém só engano; Pois ser inconstante é também ser humano.