MINHA SINA
Data 11/12/2018 05:51:45 | Tópico: Poemas
| MINHA SINA
Tarde amena, meio que cinza. Paira no ar um silêncio Que me inquieta. Apenas um ou outro carro Quebra o silêncio. Meio que abafada, sem ar. Vejo tua foto, a contemplo. Quisera- te aqui, bem perto Neste silêncio cruento. Recorro à Espanca Florbela. Tento algumas rimas, versos Onde me encaixe no momento. Flor a desabrochar. Pétalas que se vão ao vento. Entre cantar o amor dilacerante Ou o sentir na pele o sofrimento. " Eu sou aquela que no mundo anda perdida". A que te trás no pensamento. Sou da boca, a sede... Da pele, a comida. Ao calor do sol Ou sob o sereno da madrugada Sou aquela que te ama e espera E já não pensa em mais nada.
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