A candura da tua alma

Data 30/12/2018 11:36:45 | Tópico: Prosas Poéticas


Pudesse eu contar tanto ouro
Que tem teu cabelo loiro,
Fá-lo-ia na presença
Do teu olhar de luz,
Que alumia atalhos
Do meu coração.
Pudesse eu ser o caminho,
Onde tu andas, semearia
Pedaços do meu coração
Em cada uma das tuas pegadas
E pediria ao vento leste
Pra que não as apagasse
Com seu sopro,
Que varre o pó do deserto
Em minh’alma.
Pudesse eu ser o véu,
Que tapa seu rosto de ninfa,
Diria que sou o mais afortunado
Dos homens, que cruzaram
As dunas da tua lindeza
E te ofertaram seus corações.
Pudesse eu ter a candura
Da tua alma,
Subiria aos céus com teu nome
Tatuado em minh’alma,
E pediria ao anjo Gabriel,
Que o gravasse no livro
Da eternidade.
Ah! Se pudesse ter esse seu sorriso,
Faria sorrir viva alma neste universo,
Que se afoga em lágrimas,
Que o ódio faz brotar das faces
Apinhadas de inocência.

Adelino Gomes-nhaca



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=341314