Os mistérios de Ida

Data 11/01/2019 12:16:09 | Tópico: Poemas

Nada dói mais que visar larvas
nestes versos.
Nada dói mais!...
Nem a solidão, nem as horas que vão,
nem os dedos disformes do inverno.

Maldita inquietação!...
Fingir de morta a tantas coisas!
Com dois passos, a vida encerra;
Diana no encarquilhado céu.

Nada dói mais que visar
larvas nestes versos.
Nada dói mais!...
Que ser mar acurralado entre céus.

Vigília sedenta, fevereiro ao vento.
A vida se esvai...
O mar,
Tem tantas coisas por dentro.



Leonor Huntr


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