Igual a toda'gente.
Data 19/01/2019 18:27:14 | Tópico: Poemas
|
Tu se existes eu não sei, Nem o que é real e tende A ser fracção e parte lírio, Flor da paixão, eu abrunho,
Tu, se existes não existes, Tal esfinge, barro mimético, Nem eu sou autêntico ramo, Se vê refracto, o eu fraco.
Se existes eu não, nem sei Ser o mistério que é seres tu Paixão, infracção, cativado Eu, indigno delírio que por
Ti, Santo eu não, omisso entre Terra e céu, corpo ateu esta Forma de ser eu, que nem de Graal é e fede e se fende,
De onde venho já não há preces, Sei plo ruído que faço, que existo, Não me perguntes porque sei, Chama-lhe intuição, sei lá-magia,
Mistério, não sei tudo, mas sei Que existes por anónima causa E isso basta, bate fundo qualquer Que seja do destino o cadinho,
Será esse o meu adereço falso, O santo-ofício do improfícuo, A função mesquinha do último Sortilégio de Cristo no mundo.
Tu, se existes morra quem eu sou, Que me concedas no prelo a divindade Que não sou, nem tenho, não é Um pedido, é porque abdico,
Igual a toda'gente, dum caminho Calçado a pregos, comum castigo De Judeus predestinos...Humanos.
Joel matos 01/2019 http://joel-matos.blogspot.com
|
|