
Muralha de papel
Data 27/01/2019 16:46:52 | Tópico: Poemas
|  Muralha de papel
Era um pipocado concreto armado negro como a alma do sicário em um rio de carbono imaculado rio pobre rio, não, não, não riu retorcido extravasando do armário
Era Deus e o diabo na muralha eram braços e pernas decepados vermes procurando suas mortalhas e o mundo com os olhos vendados
Deus pode um homem virar papel? Sua carnadura não ser forma concreta? Pede-se que se pinte com palheta! Peço-te que escrevas neste céu!
Pelo mal que passado em peneira fortaleza se dissolve como um rio verte a nau e se queima por inteiro. um ventre triste é jogado na lixeira
Esta é uma noite que até a lua se esconderia E não voaria vaga-lume que se acende Uma prece a ave Maria... eu farei pois ao diabo certamente eu não faria.
Alexandre Montalvan
|
|