Luso-Poemas, um cadáver em decomposição

Data 08/02/2019 11:00:46 | Tópico: Textos

Luso-Poemas, um cadáver em decomposição

Indivíduo nascido em meio a incontáveis críticas e nadando em um mar de egos infinitos, cresce e se desenvolve em meio a guerras, guerrinhas territoriais. Muitos foram atingidos em cheio e sobreviveram, outros ficaram pelo caminho, outros morreram. Diante tudo isso o indivíduo adoeceu. Fizeram muitos exames, tomografias. Várias teorias surgiram tentando explicar que tipo de doença acometia o indivíduo. Em determinado momento seu pai o abandona a própria sorte. Assim, o indivíduo é internado em hospital por amigos, cada um com seu interesse próprio. Ele só piora e vai para o tratamento intensivo. Totalmente esgotado, falece. Investigações autônomas buscam encontrar os culpados. No velório, assim como no nascimento, críticas, soberba, egos infinitos desfilam diante o morto. Contudo, esqueceram de enterrar o defunto e o mesmo se decompõe a céu aberto. Vez ou outra surge algum abutre para lhe arrancar um pedaço de carne putrefeita. Outros choram os bons tempos de outrora diante a carcaça, lá no fundo ainda lhes restam nos peitos um presentinho sinistro de Zeus, a esperança. Ela lhes faz imaginar um Luso-fênix que renascerá de suas cinzas. O fogo, o sol, a vida, renovação, ressurreição, imortalidade.


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