O ESCULPTOR

Data 18/02/2019 11:48:01 | Tópico: Sonetos

O ESCULPTOR

Se o artista transgredindo as áureas normas 
Que a Beleza lhe impôs, esclarecida, 
Houvesse para o novo uma saída 
Para além do imediato das reformas.

Logo, ao lançar luz por sobre as formas,
Traga o pálido mármore à vida 
Que revela o relevo onde incendida
Quando tu, Vênus, tudo transformas!

Pois sob a pele nua lhe palpita
Um coração que humano à estátua anima. 
D'aquela cujo sopro se acredita:

- "Não, Citereia, não mais do que obra-prima 
Sejas na que marmórea preferia! 
Retorna este ser teu à forma fria…"

Betim - 08 08 1998


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