BOCA

Data 02/03/2019 16:27:28 | Tópico: Poemas -> Sensuais

hoje vim me pôr entre tuas coxas;
‘aos lábios, greta, e no profundo duto’;
antecedo ao palco de singular espetáculo.
roço meu rosto na tua pelve, alva tez...
agarro-te. tudo está permitido por nós,
não mais a sós entre as quatro paredes,
agora translúcidas através destes versos;
expomos as mais puras indecências em vitrine...
acaricio o volume retundo das tuas brancas
ancas, que contrasta no forro de cetim grená
da Récamier Espanhola. abro-te as pernas;
uma delas apoio sobre o braço almofadado.
e com sofreguidão, beijo os grandes lábios rosados;
meto a língua, mordo a beira, chupo-a então...
a língua tremula numa frenética dança;
entra, sai, lambe, célere, não se cansa,
transe na felação, em meneio o grelo teso que
se inquieta como se um resistente tentáculo...
teu corpo em frêmitos... ouço-te em ais, excitação.
hoje não te foderei, quero beber-te em gozo a seiva
saída desta deliciosa boceta que meu olhar descortina,
e que te peço que goze farto na minha boca...
tu e eu, loucos e enternecidos deste prazer...
eu, bêbado do perfumado mel servido quente...






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