
Já nem a chuva é selvagem
Data 27/01/2007 22:51:18 | Tópico: Poemas
| Pingos de água que se deixam cair Como que acordados e desmaiados Sobre as folhas verdes e espreguiçadas Das árvores altas e empertigadas De largas copas e ramos espraiados Carregadinhos de frutos a sair.
Pingos de água que se deixam fluir Por entre carreiros de nuvens Que passeiam em grandes bandos Sobre todos os desmandos De velhos encarquilhados e outros jovens Que se ocupam de coisas de destruir.
Pingos de água que se deixam reunir Em lagos grandes... enormes, Cheios, presos e plácidos Como gigantes gordos, pesados e flácidos A quem, a torto e a direito, vêm fomes Para, refasteladamente, voltarem a dormir.
Valdevinoxis
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