APEDREJADA

Data 05/04/2008 17:54:12 | Tópico: Sonetos

Os suplícios torturantes da saudade
Vão poisando, como ágeis águias no meu peito
Dos vacilantes e tolidos preceitos
Nas pretensas veias da mocidade...

Amanhece... e o dia ainda é belo!
E a noite é um fio de serenata
Onde o cantor demente arrebata
Do seu semblante um dorido elo...

Não preciso mais dos meus desejos!
Dei-os à vida, ao sonho e no leito
Amanheci de afetos apedrejada...

E se desta alma que a lua viu brilhar
Há de parir apenas o teu reflexo lunar
Pois, dos humanos cáucasos trilhei estradas!

(Ledalge, 2008)




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=34324