Eu queria tanto escrever palavras que tocassem o teu coração. E, por pura magia, que teus pés alados viessem ao meu encontro... e que, ao ver minha luz tal farol solitário, pousasse à minha frente esse teu afã vital capaz de me induzir a voos que nunca antes eu imaginara. Eu queria, apenas, te fazer feliz com a minha simplicidade e rústico sentimento, tão belo e ingênuo, sim, pois só a lembrança que guardo de ti é suficiente pra oxigenar meu aprendizado sobre a vida, sobre como é fácil ser feliz e lutar para que nosso amor não caia na mesmice... e isso, só a tua presença ao meu lado pode me dar o ABC para decolar a novas plagas e sentires que nunca se desabrocharam nos meus caminhos. Eu queria tanto te querer até meu último suspiro e gritar ao mundo, lá das alturas, o quanto é infinito meu amor por ti. Eis minha forma de dizer. Eis minhas palavras mágicas... que elas toquem loucamente o esboço de carinho que tens por mim.
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nunca mais, nunca mais!
nunca mais deixarei que me digas adeus olhai a vela aberta à baila do vento vedes o destino?
olhai meus planos à deriva olhai minha primavera sem os encantos teus olhai a sombra do passado e vigiai teus pensares
nunca mais me digas adeus
meus desejos são estações de calmaria : um porto futuro de meus passos alados em busca de tantas ilusões que guardaste somente pra me encantar
nunca mais deixarei que me digas adeus nunca mais, nunca mais!!
nunca mais flertarei com as sombras mas sim com a luz do teu amor a me guiar a tantas coisas lindas que nem sei como explicar
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nós precisamos precisamos você de mim eu de você com o pouco que temos pelo pouco tempo cada dia menos
celestes nossos corpos a muito vagam juntos à espera do refúgio corpóreo
sêmen x sêmen cada dia mais pelo pouco tempo nós precisamos ser um só corpo na viagem que nos leva e traz
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Aquela espera tal alento que, sem a menor chance, pode vir à tona num clique desesperado. Divagações e simulacro de fatos novidadeiros à construção de sentires fugidios no oco das sombras. O contraponto é a dor rugindo no peito, nascendo e morrendo nas estações temporais a moldarem os sonhos em cada despertar. Um misto de choro e riso... A espera renasce meio ao amor definhante dos sentidos, do corpo, dos olhos tristes que nunca renunciam ao improvável. Esta maldita e vital espera há de ter um fim, porque não há como segurar os pensares energéticos de dois seres se, o tempo, naturalmente, irá nos unir na contramão de nossas andanças.
"Ah, meu amor!... O barco é pequeno, o mar é imenso, mas vamos remar juntos para a travessia não ser um castelo de areia, tampouco um afã jovem, mas sim o resultado da promessa que o acaso um dia nos mostrou."
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Eu queria saber escrever palavras que fizessem você gostar de mim. Eu queria que estas palavras diminuíssem a frivolidade que há entre nós.
Entre a raiz e a flor há o tempo. Entre eu e você, o espaço em branco a ser preenchido com momentos de amor que as palavras não descrevem.
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