EXÍLIO (soneto)

Data 18/05/2019 12:36:26 | Tópico: Sonetos

A saudade que suspira, separada
Do teu cheiro, nos olhos a chorar
Me vejo, com a dor ali estocada
De um coração sufocado a gritar

Não basta saber que pude amar
Nem só a paixão ter sido alada
As amarguras tomaram o lugar
Dos gestos, a alma está talhada

Na ausência, de teus beijos, dor
As desventuras que fazem sofrer
Me consomem neste torto poetar

É um exílio cheio de amargo clamor
Em ter a emoção distante pra valer
Neste silêncio de não poder te tocar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de maio, de 2018
05’30”, Cerrado goiano.


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