Amor próprio
Data 22/05/2019 14:22:47 | Tópico: Poemas -> Amor
| Ser original num mundo de falsificações Não tem o valor que deveria ter Ideias de outras pessoas, ladrões E não sei como obras desses falsários pude em tempos ler
Não sabendo ao certo quando tudo começou Sei que original sou desde o início Verdadade, lealdade. Será que realmente as dou? E não, desta vez não caírei nesse precipício
O gajo mais importante do mundo para mim É o gajo que mais nesta vida me deu Não posso dizer que ele é bom só porque sim Ele é bom porque o gajo mais importante do mundo sou eu
Como olhar o mundo exterior Se não olhamos para nós em primeiro Como acreditar em paz e amor Se os dois matei e dos dois virei coveiro?
Cobri-os até aos olhos, com sete palmos de terra Mortalhei seus corpos, com mortalhas de marfim E seus mistérios que o caixão encerra Morrerão comigo, ficam só para mim
Habito entre a loucura e a genialidade E por vezes sou genialmente louco Tenho quase tudo o que importa de verdade E tudo o que tenho é-me realmente tão pouco
Um génio em tempos maltratado E uma criança das demais difererente Um BURRO, um louco, que se diz sobredotado Um menino, uma criança, um eterno adolescente
Vi muitos filmes, alguns deles de tragédia Atuei em alguns deles, nada de anormal Olhando o passado uma divina comédia Comediando-me a mim próprio, por ser homossexual
Nunca tive vergonha de nenhuma parte de mim Só que ás vezes iludia-me com o dinheiro Entrando num imenso poço sem fim Tinha vergonha de ser quem sou, por completo por inteiro
Queria ser "igual" aos outros de todas as formas, de todos os meios Não percebi quantas oportunidades desperdiçei Se quer eu, quer os outros, de defeitos estamos cheios Então, tal igualdade já alcançei
Amor próprio não tem valor estimado Carência que já não mora mais em meu coração Amor próprio, o amor mais procurado No outono, no inverno, na primavera e no verão
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