Por perto

Data 02/07/2019 09:31:44 | Tópico: Poemas

Mas leio ainda nos teus olhos
sílabas feitas de renúncias. Como se uma
dor indizível ondeasse sob o vento da tarde.
E falas das sombras. E traças os riscos das solidões
a proclamarem o irremediável.

Sem verdades definitivas
recolhes nos dedos trémulos
os sinais ilusórios
que te chegam do outro lado do espelho.
Sobes à montanha
e reinventas destinos
a casa
a ideia.

Ardem-te mil rostos
em pedacinhos de claridade
a acompanharem-te como sombras.

Mas recusas os vultos e as vozes
num espaço de névoa que deixas
parado no tempo.



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