Rascunhando fragrâncias X

Data 15/07/2019 02:10:55 | Tópico: Prosas Poéticas

(…)

Tem seculos que os meus dedos não acariciavam o inerte teclado, debitando sentires fonte de uma vida vivida

Sem saber das palavras perdidas no silêncio do teu corpo, penso-te como quem respira na suavidade do sopro vital, calado e de punho erguido declamo-te na impotência de um olhar cansado.

Sabes? de vez em quando voltas à janela do meu corpo, desenhando sentires profanos, sem quereres ficar…

É insano partires…sabes, não sabes? Sei que a vida é complexa e a estrada é empedrada, mas mesmo por cima do empedrado há caminhadas escolhidas, desenhos esboçados por um olhar longínquo, por um tempo fugaz.

E eu fico-me calado sem te querer perturbar, mas perturbado…e o silêncio caminha lado a lado com a mágoa de um desejo incontido.

As palavras cada vez se esbatem nestes meus dedos lenificados, perdidos no puzzle da vida e tu por aí caminhas, presa á amargura de uma vida cansada e perdida no emaranhado das horas.

Quem me dera puder abraçar-te injectar-te de fragrâncias múltiplas, transbordando de alegorias a tua alma, a tua vida …

Sinto-me impotente, apetece-me abraça-te e chorar no teu colo.. contigo.

Sim porque um homem também chora… quando ama.

(…)



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