NOTTE
Data 16/07/2019 00:44:00 | Tópico: Sonetos
| O entardecer, que, em bulcões, o céu se enroupou Já, com o vir da noite, a lua e as estrelas levantam Tal um véu enlutado, o horizonte assim se enrolou E os ventos escuros do cerrado nos galhos cantam
A estrela primeira, velando na sombra se mostrou Radiante, em segredo, uma a uma se despontavam Sem pudor, se despindo, palpitando, assim brilhou Salpicando de prata a escuridão que musicavam...
Noive que aguarda o noivo, o céu espreita a lua Em meio cálice luzidia, alva, de poesia e magia A cavalgar na imensidão, e irradiando a rua nua
O noturno se espalhando, deixando o seu aroma As nuvens ali perdidas na noite sem um real guia E o cerrado abrigado na treva em poética redoma
© Luciano Spagnol poeta do cerrado 15/07/2019, 21’21” Cerrado goiano
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