MANDRIÃO
Data 16/07/2019 10:42:32 | Tópico: Poemas
| E, já de dia, a manhã então me pedia Que do leito preguiçoso eu acordasse Eu, com o corpo tardo morboso, dizia:
Não pode! não vês que a alvorada nasce? O dia ainda, nuvioso, e sem luz a porta A alma dos sonhos roga que não afastasse
Há! Como pode ser assim: tão fria, morta? Mais um pouquinho só, neste sono sagrado Que diria a preguiça, dirá que não importa?
Não, ela me vê, exausto, torpo, cansado E todo pelo agasalho dos lençóis macios Confortavelmente assim perfumado...
O sono, madrugada, corta com este frio Espera! Até que está preguiça desapareça Aconchegue-se comigo, ele está vazio
Sobre os travesseiros deixa-me a cabeça Adormecido, como a pouco embalava Espera, só um pouquinho, por que a pressa?
E ela me contagiava, mandrião. E eu ficava
© Luciano Spagnol poeta do cerrado 16/07/2019, 05’55” Cerrado goiano Olavobilaquiando Há um amigo paulista
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