NEM...

Data 30/07/2019 00:24:46 | Tópico: Poemas

NEM...


Nem tanto sente o vento
O balouçar dos galhos azougados,
Espirra força para todos os lados
E, perante as sombras, é unguento.

Nem sempre percebe a brisa
Que é néctar sobre os orvalhos,
Sopra, amiúde, verdores imaginários
Sobre os campos onde o amor se eterniza.

Nem se nota que a tempestade chora
Diante dum tempo que esquece as horas
Embalsamadas nas vitrines da atmosfera.

Nem se vê nas angústias, o idílio...
É a agonia que produz o sêmen do lírio
Que se espalha, que se sente, que se espera!



DE Ivan de Oliveira Melo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=344889