A filha da noiva do pistoleiro
Data 15/08/2019 13:27:28 | Tópico: Épicos
| No faroeste selvagem de nativo e forasteiro aconteceram histórias de enredo aventureiro Uma delas é A filha da noiva do pistoleiro
A nossa trama começa em cidade do Arizona que é onde um xerife por uma linda colona que procurava seu pai com furor se apaixona
Nós já sabemos que Fred com a Jéssica se casou Foi um caça-recompensas que depois se aposentou Mas uma filha tiveram que a sua mãe puxou
No rancho do pai a moça trabalhava sem fricote sabendo usar o machado, o martelo e o serrote aprendendo com a mãe o manejo do chicote
Certa feita num salão Fred estava entretido esperando que chegasse na cidade um bandido quadrilheiro perigoso só por ele conhecido
Com ele estava o xerife esperando o bandoleiro pra dar ordem de prisão e levá-lo prisioneiro só precisando que Fred apontasse ele primeiro
Ele nem desconfiava que esperavam em vão O bandido procurado já estava na prisão Mas seriam envolvidos numa outra situação
De repente ali chegou em um bonito alazão a jovem filha de Fred já de chicote na mão Amarrou o seu cavalo e penetrou no salão
Vestida como rancheira parou olhando os presentes como quem procura alguém que está entre os clientes enfrentando os cobiçosos olhares concupiscentes
E apesar da sua roupa ser de rancheira singela seu traje não escondia a beleza da donzela que faria um roseiral chorar de inveja dela
Avistando o pai na mesa com ele já foi gritando: - Papai o que você faz em mesa de bar jogando? Já faz tempo que estou na cidade o procurando!
Surpreso ao ver a filha chegando de relancina Fred a ela retrucou: - Não é você na cantina que não sabe que aqui não é lugar de menina?
Mas a jovem a seu pai não conseguia escutar uma vez que o pianista (um artista do lugar) um piano barulhento não parava de tocar
A moça pediu silêncio mas ele não quis parar Nisso o fio do chicote deu um estalo no ar e na perna do piano começou a se enrolar
Com bastante agilidade a jovem deu um puxão e a perna enroscada se partiu no safanão fazendo todo o piano cair e quebrar no chão
Demonstrando embriaguês nas expressões faciais um mineiro aproximou-se e com gestos teatrais gritou para a menina: - Mas assim já é demais!
O chicote novamente com força foi estalando Na garrafa de vermute que ele estava segurando com extrema rapidez foi o fio se enrolando
Para longe do sujeito a garrafa foi puxada e batendo na parede terminou estilhaçada Todo povo admirou-se com aquela chicotada
O mineiro incomodado com aquela humilhação tentou sacar a pistola mas ficou na pretensão que com outra chicotada a arma saltou da mão
A jovem disse: - Vocês não sejam tolos assim! Se 1 outro engraçadinho quiser atirar em mim vai levar as chicotadas rinchar e comer capim!
Numa mesa 1 jogador disse a ela: - Querida, aqui é lugar de jogo, de mulheres e bebida e a porta da entrada é a mesma da saída!
Em resposta ao sujeito nesse momento se ouviu um estalo de chicote que no esticar do fio o charuto aceso dele num golpe seco partiu
Com aquilo o jogador por perder a sensatez foi sacando a pistola com notável rapidez pra fazer a mira nela mas nem isto ele fez
Antes que ele pudesse sua pistola apontar levou outra chicotada que fez a arma voar Só a mão do jogador ficou parada no ar
E como se não bastasse ela enroscou o chicote na perna da mesa dele que só cobra dando bote puxando com tanta força que ela deu um pinote
Deixando mesa e piano pelo chão desmantelados aquela jovem rancheira com seus modos arrojados já testava a paciência dos clientes enraivados
Foi ali que o xerife fez a sua intervenção explicando para a moça que eles tinham razão: - Você precisa sair! Não queremos confusão!
- Só vim buscar o meu pai que só anda desarmado! Já terminaram seus dias de pistoleiro afamado! Não quero vê-lo voltando para casa embriagado!
- Eu entendo sua queixa, mas preciso dele agora! Então peço que você fique esperando lá fora! Com pouco dou permissão pra vocês irem embora!
Palavras não eram ditas e a jovem já respondia com mais uma chicotada no chapéu que ele vestia que voando para o alto no meio se repartia
Com maior velocidade o xerife disparou e no cabo do açoite o seu tiro acertou Finalmente o chicote da mão de Daisy vuou
Pegando no braço dela sem qualquer hesitação o xerife levou Daisy para fora do salão querendo ligeiramente resolver toda questão
- Reconheço ter você muito boa intenção Por zelar pelo seu pai tem minha admiração mas o zelo pela ordem é a minha profissão...
Não querendo fomentar atritos com a donzela ou mesmo com o seu pai o xerife por cautela foi recolher o chicote e o devolveu pra ela Perto da porta apartada ela sentou-se chorando De repente vislumbrou um forasteiro chegando que apeou do seu cavalo e foi no salão entrando
O tipo mal-encarado gritou pra todo salão com um jeito insolente que chamou a atenção avisando ao xerife em tom de provocação:
- Vim aqui para propor ao xerife aqui presente um duelo de pistolas pois no passado recente levou pra forca meu pai que estava inocente!
O xerife se erguendo disse ao desconhecido: - Para forca ou prisão já levei muito bandido! O juiz é quem decide como alguém será punido!
- Eu declaro a vocês que a questão é pessoal! O juiz foi corrompido e quero um ponto final decidindo num duelo de igual para igual!
O xerife achou melhor para infundir respeito aceitar esse duelo e tirar algum proveito encerrando a questão com 1 susto no sujeito
Como aquele xerife era firme em seu brio foram eles para rua, ribalta do desafio, como já era de praxe no faroeste bravio
Assim disse o sujeito com seu ar de cafajeste: - Você está confiante que pode passar no teste mas eu sou o mais veloz dos gatilhos do oeste...
O xerife deu ao tipo a resposta merecida: - Meu brio é suficiente pra defender minha vida O receio não me dobra nem medo me intimida!
Com a gente do salão inteira testemunhando em tal silêncio os dois ficaram se estudando que daria para ouvir até mosquito passando
A rancheira misturada com a gente do salão depois de ficar ciente de toda a situação ficou atenta pra ver o xerife em ação
A tensão tomava conta daquele breve momento Parecendo estatuetas aspirando ao movimento só o lenço do xerife se movia com o vento
O estranho confiante que no tiro era melhor não fez caso da torcida do xerife a seu redor e não tinha em seu rosto nem um pingo de suor
Quando sacaram as armas só um deles disparou Foi o xerife que o tiro na mão do outro acertou Ninguém viu pra onde foi que a arma dele vuou
Foi então que o xerife disse ao desconhecido: - Acertei só a pistola e você não foi ferido! Espero que considere o duelo concluído!
Pensando que o sujeito tinha aprendido a lição o xerife confiante virou-se pra multidão pedindo que todos eles voltassem para o salão
Todavia o forasteiro pela vingança movido ao notar que o xerife já estava distraído foi sacando um punhal no casaco escondido
E sabendo usar a arma com espantosa destreza foi arremessando ela com ataque de surpresa para não dar ao xerife uma chance de defesa
Nisso ouviu-se o estalo de um golpe magistral do chicote da rancheira que acertando o punhal desfazia em pleno ar seu movimento fatal
O forasteiro pagou pela sua ousadia Por atacar o xerife com nefanda covardia pelo mesmo foi levado para uma enxovia
E com Daisy o xerife ficou muito agradecido perguntando para ela se o queria por marido que bastante satisfeita aceitou o seu pedido
O FIM
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