Venho de uma pequena ciência,
Data 12/09/2019 10:36:24 | Tópico: Poemas
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Ao pousar do vento Anabático Despenha-se-me o pensamento, A lógica, o valor e o significado são Insónia de semi-acordado ou de lastro,
Em enseada pacífica e repousada, Venho de uma pequena ciência, Em que os dias são todos habituais, Cá fora formam-se grandes coisas,
Ao abrigo da conspiração dos hábitos, Temem a desolação que habita dentro De mim, sem dúvida sou pequeno, estranho É tudo em mim, assim a noite escura e a meia
Altura de tamanho e peso, quanto à sorte, Soçobrarei na morgue, "à porta-fechada" Num armário de veludo preto, a sós comigo, Mais nada, venho de uma ciência pequena,
Quanto o hálito que inspiro, inútil paira Em torno de mim como uma serpente alada, Singela parda, cinge-se-me ao rosto, Perturba-me a alma desde a infância,
Cola-se-me aos ouvidos e olhos, como Pragana ou na cadência das escamas, Ninguém deveria possuir desta forma, Sonhos que se colam ao canto dos olhos
E na boca imposta, repetidores de poentes, Engenharia de um falso "Demogorgon" Dos sentidos, sem existência real, nem Substancia lendária, apenas a indiferença
De um Anabático vento, sem fôlego...
Jorge Santos 09/2019 http://namastibetpoems.blogspot.com
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