 
  
    	Alma de um poeta 
    	Data 01/10/2019 23:28:56 | Tópico: Poemas -> Amor
 
  |   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Alma de um poeta 
  Tem a língua bifurcada das serpentes Nas trevas que interiorizam o mundo Abaixo de tudo que é baixo e entres Almas dissecadas e escuras do profundo 
  Há tempos que se regozijas da mais Suja e descabida sede de ultrajes Volúpia ensandecida de vírus abissais Mas sabe que só no amor a vida é suave 
  Enrodilha-se nas sombras com sujo ego Escurecido por seu achar que nunca mais Martelará com a mão a cabeça de um prego Mas as estrelas escreverão destinos reais 
  Assim como revoam os negros urubus Na noite o breu cria na alma o confronto Círculos rabiscos nas linhas de uma cruz O ponto central é quem escreve o que conto 
  Porem se este conto é real não importa Pois o ponto é o teu viver postiço Verme visguento vede teu fechar a porta Abras o escuro antro deste teu sujo cortiço 
  Não diga de repente que tu respiras o ar Imundo e bolorento mentindo ser tesouro Que pintas da cor do ouro só para enganar Aqueles que compram lona pensando ser couro 
  Mas o teu penar advir, eu não digo nem nego Teu olhar tem a cor rosa de flor da maça Sei este nosso mundo nunca será de um cego Mas o que é melhor que o hoje senão o amanhã. 
  Talvez sim talvez não!  Azuis  os mares são? O poeta e seu ego! Perdeu o trambelho? O mar não é azul nem o céu é vermelho? Eu não sei se são! Mas sei,...estrelas choram luzes na escuridão! 
  Alexandre Montalvan
  |  
  |