O lavandário e os vestidos miúdos

Data 07/10/2019 00:11:56 | Tópico: Poemas -> Saudade

O fundo do espelho guarda o tempo que vocês não conhecem.
Entre azuis violetas
Bailam pontos de luz.
É o amargo cipreste, é salpique, miranda.


Há uma grota engomada, há pés de lavanda.
Ninguém compreende, ninguém vê meus desejos, nem a procissão viúva do ralhado acordar.

Parte de mim tem ciúmes.
Não há esperanças, só vestidos miúdos.
Parte de mim tem queixumes...Por quê?

Ah!
Conquanto luzes rodando...
O lavandário exalando perfume desdobra minha
fé em belas e
morosas cenas.



Leonor Huntr





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=346021