Os infectados

Data 08/10/2019 01:48:06 | Tópico: Poemas

Quando sinto doer o azurado da minh' alma, vem a doçura dos véus e, se deita aos meus pés.
Fresca como o vento!
Fria como noites do outono bendizendo o luar!
Ela traz junto de si o esplendor santo.
Quando sinto doer o azurado da minh' alma ergo uma taça ao rei.
Teço o amor com espinhos insanos num terço forte.
Quem é que me vale no vale de cócoras?
Quem me faz rir com verde lenha?
Ah, e esta boca nojenta?
Não ordenaste silêncio a morte, Senhor?


Leonor Huntr


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