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    	Data 09/04/2008 19:53:52 | Tópico: Mensagens
 
  |  Capital, Abril de 9
  Reúni as coisas que de nós tenho: a flor, o livro de poesia, o pauzinho do sorvete comido a meias, a mortalha com que te estanquei o sangue depois de te cortares a desfazer a barba. Nunca houve muitas coisas entre nós, pois não? Só as que guardamos cá dentro, daquelas que ninguém pode ver e assim ninguém cobiça... nunca me ofereceste nenhum anel, uma promessa, uma jura... só coisas ditas e feitas no sorriso e nas lágrimas que combinávamos. Talvez tivesse sido preferível que tivéssemos sido como os demais, tontos a olhar o ouro. Vagabundos de uma normalidade que agora pouco doería.
  Vê se voltas. Preciso de mais coisas. Outras tantas iguais às que não se vêem. Beijo para ti, dos que guardo.
 
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