ADICTO

Data 08/11/2019 19:02:55 | Tópico: Sonetos

ADICTO

Ignora onde o factício; onde o fictício,
De tudo quanto narra d'olhos fundos
E espera de seus sonhos vagabundos
Que expressem um enigma sub-reptício.

Considera inverosímel desde o início
Esse amplo trafegar por vãos rotundos,
Mas hesita uma dezena de segundos,
Antes de s'entregar todo ao seu vício.

Apenas necessita o que deseja.
O resto adia para após a morte
Por mais básico e físico que seja.

Êxtase... Sem que nada já importe,
Enquanto mais veneno gargareja,
Certo que se não mata faz mais forte.

Betim - 08 11 2019


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=346611