
Minha ideia de ser
Data 26/11/2019 18:27:43 | Tópico: Textos
| Toca baixinho na telefonia uma música que tocou a minha ideia de ser. E dela se recordou. E dela duvidou. Milagre ou apenas saudade, que, a ideia de ser, acrescentou? Longe vai o tempo do toque de pena na pele macia. Longe vai o tempo do toque de pena na alma limpa de ferida, dó ré mi duma vida musical, prenhe de claves de sol que tive e fui, esse ser de que duvidei. Mas despertei. Ao som baixinho da telefonia. Ainda o arrepio. Ainda a memória. Ainda a melodia na minha história. Ao encontro do que já ouvi, dancei e amei ao som de um instrumento musical e de uma voz harmoniosa. Em jardim. Vermelha rosa. Em mundo lindo e irreal, onde vivi. Quisera voltar ao tempo do tempo fácil, transparente e sem passado. Do ser sem culpa. Onde a dança das cadeiras não me deixava de fora. E a balada para sonhar, vencer e lutar era por mim cantada, hino de esperança, noite e dia, no raiar da aurora. Toca baixinho na telefonia, a canção que chora em mim, aquela que fui e que perdi. Mas ainda o perfume. Ainda o momento. Ainda não me matei no pensamento. Crença ou sobrevivência que a ideia de ser, salvou? Perto, a me tocar em esta canção de recordar, a razão de braço dado com o coração a me dizer que a ideia de ser, ainda não se perdeu nem se findou. Serei.
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