"Cena 2,"

Data 01/12/2019 01:19:13 | Tópico: Poemas -> Sombrios


"Nossos corpos são nossos jardins, cujos jardineiros são nossas vontades."

(Otelo) Ato I - Cena III













relapso
ponte-suspensa em equívoco de sempre
é relapso!
ao tempo preparado, em turno sub-usual
malefício ou incomodo perante
termo circunstancial
elemento inteiro de defesa
da verve sem à verdadeira fé
ou

meros dizeres

à linha que te corta ao meio
ao livro que te deixei
o meio do retrato sem um olhar-fim..

te suponho
por encontro das minhas paragens
em distâncias sub-sequentes
prementes, em dúvida
mas, sempre(ali)







vê o (a)caso
o breve relapso qual, outrora(ou hoje), me referi.
desapega-me o tempo recluso de nunca te solucionar
ao

enredo solícito de indagações
à memória-retirada em quimeras
à linhagem da tua lavra e fim..
















..








é breve o conto que te fiz
é além da minha própria divagação
tarde qual em noite frívola, é

a tua rua
a tua solta asa de charme..





















..








mas, é breve(é.)








...






parte Ii - "Cena"



à corrida...


das
cenas censuradas
lavra alta
desata
à descida...
corda inata e recém-cortada
hor(d)a e.máxima
a hora.
exata por se perfazer
tê-la a ceder
a perceber
e.arder
e,
em
letras
e pausas
às
chamas tão altas
a deixar, a deixar...
ora.corromper
ou.romper
o que te faz
ora te acalma
e me salva
de ora.sempre
te querer
e te querer...
...um pouco mais.
ora quente
ora frio
tempo este qual te for
laço destro ou.por amor
ou traço-à.névoa dentre aos pés
tanto faz
tanto faz
o que traz...
ou o que te anda...
desde que te seja...
inteira e sorrateira
ora, à corredeira
ora,
à mim...

ora.tarde por ou/encomenda...

por,
se tanto que me for
ora sempre, te serei
por vôos
por rodas
ou letras
e cordas
ora sempre, libertina,
te serei...

ar.interino...

prever o teu caso ferino
nem asa, nem pausa, só lava...
essa tua, qual de nua, afixada
a ferver, a ferver...

ora, defronte
ora ao bem...








e,
amém.














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