
habitar o habit(u)ar
Data 20/12/2019 09:28:51 | Tópico: Poemas
| Cria raízes mas não é árvore,
é a repetição do gesto que se renova, indigesto resto, a cada prova,
acção sem acto.
É.
E, como o espinho no cacto, calo sem protesto, nem pensar
anda andando sem ver o caminho.
Vai. Sem parar…
[um passado presente futuro. declino esse retorno que me foge da memória. a fuga do pensar e do ser. com que mão começas por apertar o atacador do sapato? e por qual pé? são sempre duas perguntas que me faço, por hábito. e porquê? a memória ainda a reconheço como um esforço mental para regressar. e esse outro regresso, incessante? a economia neuronal é absolutamente necessária para a sanidade mental, mas deixa-me sempre com dúvidas acerca do momento. quantas vezes deixei a esse ser que me habita, fazer? nem faço a menor ideia, já, com que dedo puxo o trinco de cada porta...]
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