O delírio do Natal e das Festas Boas
Data 24/12/2019 12:59:05 | Tópico: Poemas
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Corre nos telhados a noite branca. Dentro dos lares dançam cabeças e corpos desgovernados. Trajam de vermelho e ouro espantados. As bocas enchem-se de desmaiados risos. Como padecidos pedaços de espelho. Mortos de amor. De amantes. De Humanidade. Nas salas, mergulha o perfume de cravo sôfrego. Porque se sente o vento frio a cirandar nas palavras com ranço. Como vão pesadas, as cabeças afundam-se em névoas azuladas. Enquanto as mãos se incendeiam nas testas. E, os dedos quebrados pela solidão,dobram-se na busca de ideias de ideal. Durante o meio tempo das crianças, as taças juntam-se. Com a jovem água abstracta que adormece a melancolia. Enche-se o espaço de astros para tocar no tempo passado.
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