poema fúnebre

Data 11/04/2008 22:22:42 | Tópico: Poemas

a índole canora
de aves desasadas,
findas, idas, de outrora
tomou futuras e passadas
de queda melodia
a ulular com harmonia
e eu...
e eu ria

em desassossego,
por fisgadas de procura
corre o ouvido cego
como se, de mágica cura,
desenfermasse ao espelho
enquanto tacteava o mel...
eu ria

o credo afirmou-se
encostado ao trinado
e molhou-se...
encharcou-se de salgado
deixando de ser dor,
insuportável amor
que adormece embalado
e eu...

Valdevinoxis




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