EXÍLIO
Data 10/02/2020 03:00:57 | Tópico: Poemas
| Um corpo esticado sobre o leito do mundo Traz o desencanto da vida que parte alhures Sem deixar rastros em que a alma mergulhe Diante do espaço-tempo que vive moribundo.
Donde vem o silêncio que se move algures? Talvez na inquietude se pense tão profundo Que nas horas se fite o fim em cada segundo E, perante o nada, o viver se consagre amiúde.
A existência se limita a cada instante na morte, O destino é mistério que vai do sul até o norte Em ondas concêntricas prisioneiras de um nó...
Reverbera-se o raciocínio que se firma a oeste, Diante do leste há um mar distante do agreste Donde a eloquência desaba por estar tão só!
DE Ivan de Oliveira Melo
|
|