Metáfora embrulhada
Data 23/02/2020 09:47:56 | Tópico: Poemas -> Sombrios
| agora perguntas-me e daí, o que sobrevive quando já não temos mais roupa, que esconda o que queimámos ao cantar sem destino, dizendo-nos povo sem dono, música sem quartel, conceito sem explicação,...
se me perguntares pela luz, respondo-te que agora, mesmo neste momento que não mais voltará, já não sei se parar de escrever o que te oferto, será sinal que sei parasitar o suficiente a tua saudade, para que não abdiques da minha insuficiência, dos defeitos que desfiei e desfio aos teus olhos, como o tear das tecedeiras que trabalham para não morrer, e morrem para que outras venham depois delas,...
perdoa-me se a metáfora embrulhada neste papel sem cor, não te arrastou de novo para a estória do sorriso que te corre no sangue, mas não sei fazer melhor
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