INEXORÁVEIS
Data 29/02/2020 00:38:23 | Tópico: Poemas
| Quando neste trabalho ou passatempo Feito sob as luzes dum candelabro Numa noite augusta de tempestade O sono chega... O devaneio se evapora Sobre o catre molhado do suor escaldante E a Lua não brilha na matreira madrugada Contaminada pelo calor da atmosfera fria.
Tertúlias sobre colchões macios de madrigais Traz uma sede de amar sem testemunhas E onde segredos são revelados de soslaio Deixando avessos os corações sem chaves...
Nutre-se a fome pelos desvelos da consciência E nas páginas da vida há os tornados silenciosos Que acariciam os peitos dos amantes embriagados Pela disfunção orgânica que segrega os arrepios E abraça uma voluptuosidade anacrônica e amarga Que o destino confere aos desavisados da noite... O salário do amor é o orgasmo que tinge os corpos De vergonha e da libidinagem ortodoxa do leito!
DE Ivan de Oliveira Melo
|
|