TEIMA (soneto)
Data 26/03/2020 17:18:35 | Tópico: Sonetos
| Ó agonia! À alva, quando, sem teu cheiro Eu vagueio ermo, pelos becos do cerrado O chão cascalhado, o sentimento alado E o vento perturbado me levando ligeiro
Toda a saudade é pesar no peito magoado A lua, fria, pesa n’alma e da tinta do tinteiro Da dor, trova a sofrência, assim, por inteiro E nas mãos vazias, continuas sem o agrado
E na minha insônia a hora é de vil lerdeza Sofrente é o silêncio na escura madrugada O desespero escorre dos dedos pela mesa
Ó solidão! Cadê toda a emoção camarada Ninguém me ouve, ninguém, só despreza: E a tíbia madrugada continua apaixonada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado 26/03/2020, 05’08” – Cerrado goiano
Vídeo no YouTube: https://youtu.be/s1AyesLpE6Q
|
|