
EXISTENZMINIMUM
Data 14/04/2020 22:23:49 | Tópico: Sonetos
| EXISTENZMINIMUM
Arranha-céu arranha ao léu o fundo d’alma, Ao m'esconder o céu como se fosse seu. Sobra-me a sombra sobre... Um prumo o rumo deu, Me obscurecendo o sol na tarde que cai calma.
Subo andares andando 'inda co'os pés em palma E a altura altera a vista ao que baço avisto eu -- Não sei se acrofobia ou miopia ao olho meu -- Que me sumisse o chão segundo antigo trauma...
Prédios me prendem entre esquadradas paredes. Pedra e cal, tal-e-qual qualquer apartamento Aparta a mente insã nos nós de tantas redes.
Aperta o Ser a exígua aldeota de cimento, Que, sem céu, sol ou chão, as insapientes sedes: Moradia onde habita o único pensamento.
Belo Horizonte - 20 04 1993
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