nada é sempre suficiente
Data 13/04/2008 22:39:44 | Tópico: Poemas
| o inquilino duma bolha de sabão, que se arrenda e bamboleia à nortada e ao suão, que, empurrada, acelera e freia, é ar que se prende à forma fractal de rasgos cruzados sem ângulo, enrolados ao curso de um embolo a falar de uma suavidade brutal.
encher-se-ia de espaços vazados que, de completos, caíriam amados reiterando um dizer recorrente que se diz de boca fechada com os lábios e todos os lados agarrados à face dormente de olhos térreos e cerrados.
quase se vê a realização mas nada é sempre suficiente na procura inconsequente que se tenta e volta a tentar não ser vão.
a moer por baixo o incoerente sabão fica o outro, o siroco, o que leva de leveza o ar irmão flutuando em voo quente e seco... não pára, não pára, nenhum pára e a bolha voa numa insuficiência que se escancara a nada, que de ar se escoa.
Valdevinoxis
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