O homem não é senão as palavras que é capaz de compreender Para caminhar através do vazio infinito sobre o fio das lâminas Onde à direita está a verdade, mas a qual é feroz como o tigre À esquerda reside a dúvida, distante como o horizonte escuro Galos surreais cantam à meia noite anunciando as madrugadas Os cães ladram, mas não há caravanas a passar sob o sol a pino O poeta quer empunhar a espada da conciliação indispensável Ruma às falésias onde a brisa sopra para não se afastar da luta O poeta vê o vento soprando à beira mar acariciando as ondas Do alto ele navega mesmo na extraordinária planície esmeralda Pois, tanto o pássaro vive na gaiola que olvida o que é liberdade Nascemos para o sonho, para sermos livres, viver sobre a terra Não cabe o oblívio que cada vida é una e curta, logo somos cinzas Um dia seremos apenas parte do verde e das flores renascidas Ao fundo as colinas e estas são o que são cortando a paisagem O guerreiro faz crescer a aurora através da cidade tão florida No horizonte vai ensinar onde o sol deve morrer ao final do dia
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