
Ignoro o trajecto
Data 14/04/2008 10:21:20 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Ignoro o trajecto o caminho trilhado o proscrito e o proposto. De seio aberto em gema pálida empurro ilhas do silêncio areias de deserto e delas, o tempo ignoto os astros cabisbaixos em cada letra que m’ecoa tatuada em fungos azougados meninos travessos florescentes pontos delineamentos poros em minha pele.
Não sei da malícia da lama (que a não tem) se greda é, pó antigo de mim, de ti, daqueloutro e de outrém.
Nem dos verdugos da noite em que te sonho plana em que te tomo te mimo te embalo em baloiços de meus braços dilatados infinitos e, em sonhos sou tua, alfim em ti, não sendo na realidade deste tempo e de ninguém. E que, em cio e brame d’olímpico gozo, em fome d’alma grito o prazer de todos os peixes de todas as aves de todas as flores de todas as ninfas, divindades d’água d’um mar ditoso, no momento exacto do acasalamento do reencontro sendo prolixidade taça ébria néctar fino de pretérito calcado pisado fruto mosto.
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