Até Depois
Data 09/05/2020 11:06:53 | Tópico: Poemas
| Não partas, meu amor, que eu fico num tormento Sou pedra de silêncio, sozinha no caminho Sou chuva que se alteia ao sabor do vento Um pobre sem saber qual é o seu destino.
Um cálice, um lamento, gemer de solidão São horas que te espero, são horas que não chegas A raiva que me aperta, que esmaga o coração São flores, meu amor, que a vida leva secas.
Trago na voz solidão, o ser na vida um triste O grito d'uma noite, teu corpo que não chega E a ânsia que me escorre, que dói e que persiste Minha taça, meu veneno, de loucura e d'incerteza.
Nao sei porque te espero, se quero ou não te quero A vida é uma roda, tudo volta ao que já foi Eu amo o teu olhar, mentiras não tolero Adeus, digo-te adeus, adeus e até depois.
Ricardo Maria Louro
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