FANTASMAS

Data 15/05/2020 13:26:48 | Tópico: Poemas

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FANTASMAS

Que foi de mim, do meu lar, da minha vida?
Que encantado confim contém agora
O verso anelado e a canção perdida,
A brisa que cativa e que enamora?

Que foi dos entusiasmos que eu senti,
Daquela mocidade embriagadora,
Do claro amanhecer que outrora vi
Por ruas de ilusão que o sol colora?

Agora fica apenas a lembrança
Daquele excelso canto florescido,
Aquele que já nunca mais se alcança
Aquele tão amado, tão querido.

Bate o meu coração ao reviver
O rosto de um Amor idolatrado,
Ao lado desse Amor reverdecer...
Fantasmas do meu sonho naufragado.


FANTASMAS

¿Qué fue de mí, de mi hogar y de mi vida?
¿Qué encantado confín alberga ahora
El verso del alba, la canción perdida,
La brisa que cautiva y que enamora?

¿Qué fue de aquella limpia primavera,
De aquella luz de luna embriagadora,
Del claro amanece que tal vez viera
Por calles de ilusión que el Sol colora?

Ahora solo queda la fragancia
De aquel sublime canto florecido:
Aquel que por perdido no se alcanza,
Aquel más anhelado y más querido.

Late mi corazón al revivir
El rostro de un Amor idolatrado,
La luz de mi esperanza y mi sentir:
Fantasmas de este buque naufragado.




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