
O PARTO
Data 22/05/2020 14:23:02 | Tópico: Poemas
| Desaba sobre mim uma nostalgia frenética
Que me põe grávido diante dos sentimentos E me faz enjoar perante uma crise estética
Do meu íntimo que pranteia as desilusões... Percebo-me em mim um desejo de solidão Próprio das parturientes que ensejam o amor.
Vomito infinitas doses dos pensamentos Que me retém prisioneira a consciência Já contrabandista das egrégoras ufanistas Do pecado extraído dos sonhos dantescos.
Eis um pré-natal que se dilui no tempo Alcançando as esferas do zodíaco impessoal,,, Chega o instante do parto: as dores intensas Perfuram-se todos os desejos inconcebíveis E no minuto final nasce o rebento: a saudade!’
DE Ivan de Oliveira Melo
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