dívida

Data 23/05/2020 21:26:05 | Tópico: Poemas


Ao poeta vale a quimera
No dom com que pondera
A natureza em seu redor
E é no sonho que se esmera
Para o elogio que lhe espera
Por escrever com tanto amor.

Com cada dente ele mente
Com cada cabelo ele sente
Em sua alma tão viajada
E mesmo que a dor aumente
O poeta vem e a desmente
Como uma dor aliviada.

Confesso que talvez minta
Se nas veias me corre tinta
Mas às palavras jogo sentido
É de vida que meu ser, as pinta
Pois quero que alguém as sinta
Com o prazer que lhe é devido.

E o desejo que lhes endosso
É de que o prazer seja vosso
Ao lerem aquilo que escrevo
O que sai de mim, faço nosso
Das tripas mais do que posso
E do coração o que lhes devo.

E para que não me traia o ego
Assim a vós, livre me entrego
Partilhando ideias e valores
Minha alma vai em sossego
Pois minhas palavras, aconchego
Em vós, queridos leitores.


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