DE MADRUGADA

Data 04/06/2020 17:43:19 | Tópico: Sonetos

DE MADRUGADA

Vagos acordes de música distante
Ecoam pela noite em solitude.
A serração mais densa mais ilude
Em fantasmagoria horripilante...

Não há lua. Nos altos, vento uivante
Enregela mesmo a alma agreste e rude,
Até que o céu de estrelas se desnude,
Se aerólitos chovendo d'um radiante.

Agora, parte mais da Via Láctea
A noite na imensidão quase galáctea,
Enquanto o Orbe em ciranda co'as estrelas.

Através das liríades formosas,
Os deuses anunciem, extremosas,
As luzes de astronômicas procelas...!

Belo Horizonte - 20 08 1999


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