Feliz como poucos …
Data 30/06/2020 12:29:18 | Tópico: Poemas
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Nada há em mim maior que eu mesmo, Vivem em nós temores de nós mesmos, Todos falam e eu me calo, temendo repetir -Me nos gestos gastos, excepto no bocejo
E na gaguez do uivo que emito, dos amargos Lobos, estes representam a minha vitalidade Perante a exuberância da morte, basta Que me bata na porta menos grossa
E em Teixo para não me repetir no oco Eco, na Faia, no falo, no veto, na Ágora E em mim mesmo, quando falo assim, Tamanho pequeno…
Sou feliz como poucos no mundo, O riso da minoria satisfaz-me quanto basta, Já que a lucidez não serve todos … Somos poucos,
Mas não menos felizes que muitos outros, (Se me faço entender) Durmo em meios olhos, Sonh’os inteiros, projecto-os em telas,
Para apreciação dos leigos, Desde todos os ângulos, Por todas as esquinas, todos os becos, Recolho-os sem dor, em canteiros de flores,
Semeio nas veias e no olhar vazio Dos múltiplos sonhos meus, Sonhados-a-meias, Pastel na cor…cinema em ante-estreias.
Joel Matos 10/2019
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