Singelo choro dos escritores

Data 05/07/2020 09:29:10 | Tópico: Poemas


De gorjeta não vive a humanidade
Nem de favores nasce a prosperidade,
Luso viveu momentos bons
Hoje, são escassos os sons

Sons das vozes no brilho das mentes,
Que aqui se fazem presentes,
Chora-se a ausência dos leitores;
Singelo choro dos escritores

Em cada rima aqui posta,
Leva uma lágrima
E no rosto do poeta, só se vê lástima
Derivada pela ausência imposta

Ausência dói
E a falta dum olhar mói,
Vê-se a dor no semblante do poeta,
Que vê sua obra n’olho da sarjeta

Sarjeta que o olhar do leitor evita
E o escritor não desacredita
Do seu manso poetar,
Que tudo faz pra o leitor encantar

Ausência dói,
A falta dum olhar mói,
Luso vive momento incerto
E no miradouro, só vê dunas do deserto

Adelino Gomes-nhaca



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