CONVERSA DE MARES

Data 21/08/2020 04:16:57 | Tópico: Poemas

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Tendo-se um mínimo de mar nos olhos,
é possível de se entender facilmente os
assombros que há nas águas revoltas;
domínios marinhos, enseadas e remansos,
refúgios, reinos das sereias que cantam,
encantam e matam todos aqueles levados
pelas cegas paixões impossíveis...
Belas são as canções, jamais se cansam,
melodias compostas no marulhar das ondas;
falam de maremotos, alvo sal, oceanos azuis,
verdes mares, vermelhos, profundeza abissal...
Elas, musas dançarinas mergulhadoras entre
golfinhos e orcas; guardiões quais querubins
e serafins aquáticos, ninfas e fadas
habitantes `poesia` das florestas de algas...
Artifício para atrair atenções às suas belezas...
Deambulo quase todo santo dia à beira mar,
e naqueles dias infernais; também caminho...
Favoreço-me do reponto, repondo energias...
Deitado no berço cristalizados das areias;
é quando mais ouço essas belas criaturas...
Repouso merecido para minh`alma combalida.
De olhos cerrados, sinto-as; mas sem paixão...
Sei que sorriem da astúcia engendrada pelo poeta, e, no preamar, ordenam as ondas virem me beijar os pés... Com o meu admirar; conversa-se de mar,
beijos de mar,
cheiro de mar até o preamar.



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