Braços da eternidade
Data 08/10/2020 18:48:08 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Das liberdades que não existem Ou dos medos que nos atormentam É o que minha mente gostaria de falar. Ou poderia ser sobre a fragilidade humana A busca pelo desconhecido que nos atormenta Ou, quem sabe, o silêncio que assusta. Minha mente navega horizontes Contempla o nascer do sol em meios as montanhas E sente a brisa da manhã tocar o rosto. Não há escuridão para os olhos cansados Apenas as lembranças de sorrisos bobos De donzelas com cabelos soltos a passearem nas planícies. Narciso olhando sua imagem na água E Áries banhando-se no sangue das vítimas De suas armadilhas mortais. Qual escaravelho a esconder-se misteriosamente Minha mente ofusca as memórias sórdidas De um tempo que não desejo ter de volta. São sombras das nuvens que se formam no céu E o vento que agora já não é tão suave Carrega consigo a tristeza de olhares vagos. Um ser rastejante tenta se esconder entre as folhagens E formigas carregam gravetos para sua moradia Sem saberem que serão preenchidas pelas chuvas. Não há por do sol nas montanhas Agora cobertas pelas nuvens negras Que prometem chuvas torrenciais em breve. Sonhos varridos pelo furor da tempestade Que assola os pensamentos íntimos De quem um dia ousou sonhar tão alto. A calmaria da meia-noite revela as estrelas Em um céu tão límpido como a imaginação Que descansa nos braços meigos da eternidade. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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