I
Há cada milênio algo de interessante acontece; Algo que poucos repararam, E se repararam não entenderão sua importância.
Muito menos saberão; Algo resplandecente, satisfatório e lindíssimo. Algo que sempre acontece; Há cada milênio.
Lindo! Metricamente estabelecido e juntado. Bissexto! Algo que não acontece todos os anos; Dias há mais! Para a tristeza dos frustrados com a vida.
Os amargurados; Aqueles que mal começaram e já querem parar. Ninguém reparará, na oportunidade única.
Algo para se lembrar. Um ano de mudanças. Algo que poderá lembrar. O ano que máscaras caíram.
Pessoas que você acreditou que conhecia, agora se revelou; Se mostrou ser uma pessoa de má índole, e que só queria te usar. Você se iludiu com ela, e ela te desprezou, Miseravelmente.
Você chorou. Você caiu e depois se levantou. Mas até hoje as cicatrizes deixadas ainda estão; Inoculadas na memória, e permanecerão!
As cicatrizes. Que não cicatrizaram; Dificilmente irão sair — Possibilidade nula; A mula te coiceou, E você brandeou.
Há cada milênio. Algo de interessante acontece. E poucos repararam. Uma oportunidade única e sólida.
Ano que prometia mudar; Nada mudou? Nada irá mudar pela frente? Deixe de pessimismo, não seja igual ao autor destes poemas.
Dois mil e vinte! Percebe algo? Eu percebo.
Foi feito por deuses da matemática. Um presente deles, para trazer satisfação. Algo que, jamais poderemos ver outra vez, Pois, ninguém vive mil anos e mais alguns anos.
Essa grande obra da natureza matematicamente, Estabelecida; Só acontece a cada mil anos. O mundo poderá acabar? Talvez.
O ano combinatório. Por que algo lindo transformou em desastres? Por que tudo caiu, meu dois mil e vinte.
Ano que mudei Ano que tudo mudou Tudo aconteceu; tudo foi destruído.
Desolado! Estou preso em meus sonhos. Desolado! Estou preso, em minha residência, Escrevendo com resiliência estes poemas.
Poemas medíocres, sem valor algum para a sociedade. Vem do coração? Não, vem da loucura.
A loucura de sair escrevendo, E criar coisas absurdas: O cúmulo da mediocridade Sem simetria Com poucas rimas Estes poemas se fazem.
Tudo acumulado; No acumulo da canção da vida. Tudo passa, tudo! Passa.
Adeus ano combinatório. 2020 vai passar. Suas memórias vão ser registradas na humanidade. 2121: não veremos, Estaremos mortos! Apodrecidos na terra. 2222: quem fomos? Ninguém lembrará da nossa existência. 3333: tem algo. Acontecerá algo e no algo ninguém reparará, Pois, o algo tem algo.
Pularemos alguns números, pois, se não, ficaremos o dia inteiro, Citando as belíssimas combinações.
4444: ano da loucura, Da sedução e da erotização. 5555: tem algo interessante; Cinco é um número seis mal formado; Algo poderá mudar — Número de anjo. 6666: tem coisa. Tenho medo dessa combinação, Felizmente, não vou estar para vê-la. 7777: número de anjo. Será que o salvador irá retornar? 8888: quando era criança, Desenhava um gato em forma de oito. 9999: não confio. É um "seis" de ponta cabeça. Confia? 1010: esse ano já passou; A humanidade foi restaurada.
Tudo terminou, E do pó, Tudo retornou.
Adeus, ano combinatório; Jamais vou poder vê-lo outra vez. Adeus, meu velho amigo. Adeus. Cezar "777" Augusto
|